Quando a palavra escrita arrepia, geme e penetra na pele feito sangue a correr nas veias, acontece a sintonia entre o que cria e entre aquele que lê a criação. Foi o que senti ao terminar a leitura do texto “A cura de Schopenhauer”, de Irvin D. Yalom.
Julius Hertfeld, psiquiatra renomado e defensor da terapia em grupo, vê-se diante da difícil tarefa: enfrentar a morte, companheira fiel desde que descobre estar com câncer terminal.
Retomando sua carreira como psicoterapeuta, decide procurar um antigo paciente (seu maior fracasso como terapeuta), Philip Slate, viciado em sexo e que se diz curado seguindo os ensinamentos de Schopenhauer e o convida a participar da sua terapia em grupo.
É o desfile de conflitos vivenciados por pacientes do grupo de Julius e as discussões filosóficas deste grupo que acompanharemos durante a leitura desse texto fantástico.
Não desejo falar sobre o enredo do livro, mas sim, sobre o que a leitura de um bom texto é capaz de nos provocar. Tudo foi desejo durante a leitura: a descoberta de Schopenhauer, a busca durante a leitura de informações a respeito desse grande filósofo citado no texto, o suspiro pela palavra que rebentava, o silêncio para escutar os pontos, as vírgulas...
Durante a leitura, tudo se fez saudade. O tempo do adormecer, distância necessária do texto, provocou vazio, desejo e sobretudo expectativa por aquilo que viria. Quando a manhã chegava, anunciada pelos primeiros raios, a palavra gritava para acordar leitor que ainda dormia. Então, nada mais era silêncio. A palavra exibia-se e enchia os parágrafos, estruturas e frases de questionamentos, dúvidas, perguntas. Quanto mais avançávamos, mais a busca acontecia. Quando mais nos aproximávamos do texto, mas desejávamos que ele não fosse fim, e enfim, fosse começo. Foi assim desde o princípio. “E o verbo se fez”. Agora, o texto já é distância/presença, pois a palavra já não é mais nossa, mas sim de quem a lerá. Já é presença porque a palavra já é carne a juntar-se aos ossos. Se a palavra alimenta, nutre e nos faz desejosos dela é porque, de fato, necessitamos de sua presença. Então, que a palavra seja nossa eterna companheira e seja possibilidade de passeios pelos mais diversos cantos do nosso eu. VIVA A LEITURA! VIVA A PALAVRA!!!
Julius Hertfeld, psiquiatra renomado e defensor da terapia em grupo, vê-se diante da difícil tarefa: enfrentar a morte, companheira fiel desde que descobre estar com câncer terminal.
Retomando sua carreira como psicoterapeuta, decide procurar um antigo paciente (seu maior fracasso como terapeuta), Philip Slate, viciado em sexo e que se diz curado seguindo os ensinamentos de Schopenhauer e o convida a participar da sua terapia em grupo.
É o desfile de conflitos vivenciados por pacientes do grupo de Julius e as discussões filosóficas deste grupo que acompanharemos durante a leitura desse texto fantástico.
Não desejo falar sobre o enredo do livro, mas sim, sobre o que a leitura de um bom texto é capaz de nos provocar. Tudo foi desejo durante a leitura: a descoberta de Schopenhauer, a busca durante a leitura de informações a respeito desse grande filósofo citado no texto, o suspiro pela palavra que rebentava, o silêncio para escutar os pontos, as vírgulas...
Durante a leitura, tudo se fez saudade. O tempo do adormecer, distância necessária do texto, provocou vazio, desejo e sobretudo expectativa por aquilo que viria. Quando a manhã chegava, anunciada pelos primeiros raios, a palavra gritava para acordar leitor que ainda dormia. Então, nada mais era silêncio. A palavra exibia-se e enchia os parágrafos, estruturas e frases de questionamentos, dúvidas, perguntas. Quanto mais avançávamos, mais a busca acontecia. Quando mais nos aproximávamos do texto, mas desejávamos que ele não fosse fim, e enfim, fosse começo. Foi assim desde o princípio. “E o verbo se fez”. Agora, o texto já é distância/presença, pois a palavra já não é mais nossa, mas sim de quem a lerá. Já é presença porque a palavra já é carne a juntar-se aos ossos. Se a palavra alimenta, nutre e nos faz desejosos dela é porque, de fato, necessitamos de sua presença. Então, que a palavra seja nossa eterna companheira e seja possibilidade de passeios pelos mais diversos cantos do nosso eu. VIVA A LEITURA! VIVA A PALAVRA!!!